Implantação do Projeto

 

O Projeto Amizade no Terceiro Milênio foi concebido pela autora de O clarão e financiado pela BM10 Produções Artísticas com apoio da agência de publicidade DPZ. Possibilitou, na primeira etapa, grande tiragem do romance pela Editora de Cultura, de São Paulo, e o lançamento do livro em oito capitais do país – Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Brasília. Isso se deu no contexto da exposição Os Dizeres do Amigo, que, depois da sucessão dos lançamentos – cada cidade ficou com uma réplica dos painéis à mostra em bibliotecas e centros culturais durante um mês –, circulou na rede de bibliotecas públicas estaduais de São Paulo, onde foi vista por diferentes públicos.

 

 


 

Os oito lançamentos

 

Rio de Janeiro
O primeiro evento do projeto foi o lançamento do livro no contexto da exposição Os Dizeres do Amigo na Biblioteca Nacional, no Dia Internacional do Livro, 23/04/2001.

Como O clarão é um romance profundamente enraizado na cultura popular brasileira, houve homenagem a Joãosinho Trinta, pois é através do Carnaval que Ana, a personagem feminina principal, entende o quão importante é a morte para valorizar a vida. É o samba que a ilumina quando ela está diante da possibilidade de perder o amigo, João. Ela ouve Noel Rosa: “Quando eu morrer/ não quero choro nem vela/ Quero uma fita amarela/ gravada com o nome dela”.

Joãosinho e Betty são amigos de outros carnavais. O livro foi oferecido a 50 componentes da escola de samba do carnavalesco, a Grande Rio, que se apresentou na Biblioteca Nacional com a Camiseta do Amigo, introduzindo a batucada no templo da cultura da elite. Tudo foi coberto pela TV Globo.

 

São Paulo
O projeto teve sua segunda manifestação em São Paulo, no dia 25/04/2001, no lançamento da obra na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. Às dezoito horas, inaugurou-se a segunda réplica da exposição Os Dizeres do Amigo. O então presidente do Partido dos Trabalhadores, José Dirceu, enviou de Brasília uma carta de homenagem a Carlito Maia – que foi um dos fundadores do PT.

Depois da inauguração, Betty fez sessão de autógrafos na Livraria Cultura, e o diretor e ator José Celso Martinez Corrêa falou à imprensa sobre a importância da amizade para o Teatro Oficina, do qual é o criador. A seguir, o texto do livro foi lido para o público por um dos atores do Oficina. A atriz Maria Fernanda Cândido esteve presente no evento, que teve a cobertura da TV Globo.

 

Bahia
A terceira manifestação foi na Biblioteca Pública dos Barris, em Salvador (4/05/2001), onde Betty fez uma palestra sobre o saber do amigo.

A psicanalista Ivete Villalba falou brevemente sobre o percurso intelectual da autora, assinalando três momentos: a introdução do pensamento lacaniano no Brasil, a publicação de O Papagaio e o Doutor e o lançamento de O clarão, com o qual procura difundir o ideário da amizade.

 

Minas Gerais
A exposição foi inaugurada (7/05/2001) na Biblioteca Pública Luis de Bessa, Belo Horizonte, onde o Projeto Sempre um Papo, do jornallista e promotor cultural mineiro Afonso Borges, coordenou o evento. Depois de breve palestra, o secretário da Cultura, Ângelo Oswaldo, agradeceu a homenagem a Carlito Maia, mineiro de Lavras, e caracterizou o lançamento de O clarão como uma peregrinação pelo estabelecimento da paz social por meio da amizade.

 

Paraná
A exposição foi inaugurada no saguão da Biblioteca Pública do Paraná, em Curitiba (10/05/2001). No evento, falou a poeta Adélia Woellner, autora de um poema que, segundo Betty, poderia ser dito pela personagem de O clarão: “Ser livre/ é ser leve/ despojado do peso/ de todos os apegos”.

 

Santa Catarina
O evento ocorreu no Centro Integrado de Cultura, em Floriznópolis (11/05/2001), e o lançamento do livro foi precedido por uma apresentação do escritor Salim Miguel, que falou do percurso literário da autora, pontuando a diferença entre O Papagaio e o Doutor, que é satírico, e O clarão, que é um texto lírico.

 

Rio Grande do Sul
A capital gaúcha foi a penúltima cidade onde se inaugurou a exposição com o lançamento do livro. Aconteceu na Casa de Cultura Mário Quintana, Porto Alegre, em 15/05/2001, com a apresentação do trabalho pela coordenadora das bibliotecas, Marília Dihel, e uma mesa-redonda em que o crítico Flávio Loureiro Chaves falou de O clarão como o primeiro poema em prosa longo da literatura brasileira e assinalou o bom humor que atravessa a obra, contrariamente à nossa tradição literária. Flávio exaltou a libélula, personagem do livro, dizendo que se trata de metáfora tão importante quanto os “olhos de ressaca” de Capitu, de que lançou mão Machado de Assis em Dom Casmurro.

 

Distrito Federal
Na capital federal, a exposição foi feita na Biblioteca Demonstrativa de Brasília (22/05/2001), com a presença de membros da Academia Brasileira de Letras e de jornalistas, além do público da instituição. À mesa de apresentação da obra estiveram o professor e escritor Antônio Temóteo dos Anjos Sobrinho e o psiquiatra Pedro Paulo del Valle Curvello. O lançamento foi divulgado pelo jornal Correio Braziliense e pelo Jornal de Brasília, que, posteriormente, fez um suplemento especial sobre a amizade na educação.

Cabe ressaltar a ampla cobertura dada pela TV Globo através de seus telejornais locais aos eventos ocorridos nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

 


Primeira Etapa do Projeto

Segunda Etapa do Projeto

O Dia do Amigo na Escola

Ficha Técnica